Argentina “profissionalizou” o futebol feminino. O que isso significa?

Em março, a Federação Argentina de Futebol (AFA) fez um anúncio histórico: o futebol feminino do país seria profissionalizado. De acordo com o presidente Carlos Tapia, a medida foi tomada para buscar igualdade de gênero no esporte e exige que os clubes firmem contratos com parte de suas jogadoras, além de comprometer a entidade a repassar verbas mensais aos times para fomentar a modalidade. Mas o que isso significa na prática e quais mudanças estão sendo implementadas? 

Para entender, o blog conversou com a jornalista argentina Micaela Cannataro, que trabalha no Goal, é engajada na luta por melhorias no futebol feminino do país e acompanha de perto a modalidade. A profissionalização é resultado de um movimento de mulheres futebolistas que teve início com as reivindicações da jogadora Macarena Sánchez. Dispensada pelo UAI Urquiza no início do ano – e no meio da temporada argentina –, a jogadora não recebeu qualquer indenização e, impedida de assinar com outro clube, quase desistiu do futebol. 

Mas decidiu lutar por seus direitos e processou o antigo clube e a AFA. Queria ser reconhecida como profissional. Sua luta ganhou os holofotes da imprensa e fortaleceu a luta pelos direitos das atletas.


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