Tite acerta ao derrubar mitos e desliza ao permitir que Neymar vá de Super-Homem a kriptonita

Esse intrépido e incauto blogueiro gostou muito desse texto publicado no Blog do Lozetti/ Globo Esporte/ a respeito da convocação de Selecão para a Copa América, da qual transcrevo a baixo -

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A seleção brasileira tem uma coletânea de “fake-clichês” que ressoam historicamente a ponto de nortear seus rumos. Alguns dos mais tolos: “é preciso preparar um time para a Copa do Mundo”; “tem de haver renovação”; “Seleção é momento”. 

 Ao justificar sua convocação para a Copa América, Tite acertou ao combater e ignorar certos mitos. A três anos e meio da Copa do Mundo do Catar, não há cabimento em elaborar a lista do mês que vem baseado num exercício de adivinhação sobre quem poderá ser decisivo em 2022. O desafio é preparar uma equipe confiável no presente, considerando ações e informações do passado para, com trocas gradativas e inevitáveis, pavimentar o futuro.  Numa seleção com Militão, Arthur, Paquetá, David Neres, Everton e Richarlison, todos com no máximo 23 anos, dizer que não há renovação chega a ser leviano. 

 Tratar a Copa do Mundo como ponto final do processo significa um eterno recomeço, a insistência em voltar sempre ao marco zero, percorrer eternamente um circuito oval. É inútil.Com dificuldade em ter protagonistas nas ligas de melhor nível técnico, o futebol brasileiro deve fugir da armadilha do “momento”. Jogadores similares se alternam com pouco mais ou menos de destaque. Navegar nessa onda não levará a lugar algum. 

Tite deve investir numa montagem coletiva onde características possam se complementar e potencializar individualidades. A maior divergência entre expectativa e realidade parece ter sido a opção por Fernandinho em detrimento de Fabinho. Ambos se respaldam pela temporada de altíssimo nível nas equipes que dominaram a liga inglesa.

 O volante do Manchester City começou melhor; o do Liverpool terminou melhor. Contra Fernandinho pesa o fato de suas piores atuações pela Seleção terem acontecido em jogos decisivos, contra Alemanha e Bélgica, o que sugere uma questão mental, e não técnica. A seu favor, a boa influência sobre os companheiros, que também o faz um dos capitães de Guardiola, e a técnica apuradíssima com participação na construção ofensiva superior à de Fabinho – que teria sido convocado por este jornalista, bem como Renato Augusto.

                    Veja convocação para a Copa América

                                                                    Blog do Lozetti/ Globo Esporte

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