'Repost: ''O adeus do mestre TelĂȘ'' 😃

No dia 27 de janeiro de 1996, no empate por 1 a 1 contra o Rio Branco, em Americana (que contou com gol olĂ­mpico de Guilherme), TelĂȘ Santana comandou o Tricolor pela Ășltima vez. Pouco tempo depois, TelĂȘ sofreria uma isquemia cerebral que o afastaria do trabalho. 

👉Em Americana/ 1996
👍Para esse blogueiro, aquela era mais uma cobertura do PaulistĂŁo com o mestre como destaque, permaneci do lado dele durante quase todo o jogo, exceto Ă© claro, na hora do dilĂșvio que abateu -se sobre o Decio Vitta ( Rio BrancĂŁo)
👉No SPFC  ele foi bicampeĂŁo mundial

HĂĄ algumas dĂ©cadas, nĂŁo somente o Clube da FĂ© ficou sem pai, mas o prĂłprio futebol brasileiro perdeu o seu maior mestre. Em um triste empate entre um jĂĄ descendente e quase decadente Tricolor e o pequeno Rio Branco, TelĂȘ Santana da Silva trabalhou pela derradeira vez Ă  beira do gramado. 

Claro que eu, Magno Moreira um pretenso repĂłrter de 23 anos de idade a serviço da lendĂĄria RĂĄdio Porta Voz de Cianorte nĂŁo imaginava e nem sabia que era a Ășltima. Chovia muito em Americana e o narrador Airton Costa dava inicio a jornada esportiva da emissora de Cianorte PR, somente 4.431 testemunhas estiveram no estĂĄdio DĂ©cio Vita, em Americana, em duelo da primeira rodada do Campeonato Paulista de 1996. O time da casa abriu o placar aos 31 minutos do segundo tempo, com Marcos Assunção, em pĂȘnalti duvidoso marcado por Dacildo MourĂŁo. 

Aos 37, o lateral-esquerdo Guilherme, recĂ©m-contratado do ParanĂĄ Clube, deixou tudo igual, em gol olĂ­mpico. NĂŁo hĂĄ imagens do jogo no YouTube. Na Folha daquele dia 27 de janeiro, o repĂłrter Arnaldo Ribeiro destacava a nova cara que o treinador tentava dar ao time. “TelĂȘ muda o estilo e quer time operĂĄrio” dizia a manchete da pĂĄgina 4 do caderno de Esporte. “O futebol nĂŁo pode ser apenas bonito, tem que ser tambĂ©m eficiente. No ano passado, nĂŁo jogamos futebol, nem de uma forma e nem de outra”, dizia o Mestre, que amargara um 1995 em branco, sem taça, apĂłs 10 conquistas em 5 anos de clube: os bicampeonatos da AmĂ©rica e do Mundo (1992/1993), BrasileirĂŁo (1991) e dois Paulistas (1991/1992), alĂ©m de Supercopa (1993), Recopa (1993 e 1994). 

Na edição do dia 28, na pĂĄgina 5, o jornal dos Frias destacava coluna assinada por TelĂȘ: “Se respeitarem o regulamento, Paulista-96 serĂĄ um sucesso” dizia o tĂ­tulo. Ao lado, o relato do empate em 1 a 1, lembrando da interrupção da partida por causa da chuva na cidade do interior paulista. TrĂȘs dias depois, TelĂȘ foi realizar exames de rotina. Acabou internado. Mais algum tempo e foram identificados episĂłdios de AVC (Acidente Vascular Cerebral) que o tĂ©cnico sofrera, um ainda no final de 1995. Uma triste e mal explicada histĂłria, que rendeu atĂ© processo na justiça . TelĂȘ se afastou do futebol para sempre. Meses depois, assinou com o Palmeiras para desempenhar a função de superintendente e, eventualmente, atĂ© de tĂ©cnico. Nunca aconteceu. Na chuvosa Americana, em um vazio DĂ©cio Vita, com um sorumbĂĄtico empate, TelĂȘ Santana da Silva viveu e escreveu seu Ășltimo capĂ­tulo como o maior treinador da HistĂłria do SĂŁo Paulo. O maior treinador do futebol brasileiro. Uma dĂ©cada depois, ele partiria. 

 đŸ‘‰Magno Moreira, memĂłrias,16/06/2018 atualizado em abril de 2022

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